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Em casos de sequestros-relâmpago o banco faz a indenização da perda ao cliente?
Publicado em: 10/03/2023.
Com a chegada do pix, o número de sequestros-relâmpago teve um aumento considerável. Saiba como proceder nesse caso e evitar ao máximo esta situação
A violência urbana sempre foi uma forte preocupação no cotiado que parece aumentar simultaneamente ao avanço da tecnologia. A ferramenta do pix lançada em 2020 surgiu juntamente a grandes expectativas, uma vez que possibilitou a transferência entre contas a qualquer hora do dia garantindo ainda a isenção de tarifa bancária, todavia, existem riscos juntamente a tamanha regalia implicando ao aumento de crimes e golpes que são facilitados pelo método, redobrar a atenção tornou-se primordial para evitar qualquer tipo de transtorno.
Esses sequestros em sua maioria costumam levar poucas horas e são feitos no próprio veículo da vítima, por isso chamados de sequestros-relâmpago, utilizando o pix como forma de transação, não se torna necessário ao menos fazer parada em caixas eletrônicos. A abordagem é premeditada e observa a rotina do alvo, se atente a sua segurança física ao entrar e sair do seu veículo, ao estacionar em locais perigosos ou até mesmo andando na rua.
Na era da tecnologia, se proteger online também é de muita importância, já que as ameaças virtuais vêm fazendo diversas vítimas através do pix, por meio de clonagens de mensagens de familiares ou amigos onde pedem supostamente valores via pix, mensagens falsas de bancos pedindo atualizações cadastrais ou até mesmo por compras feitas na internet.
Uma das melhores maneiras de tornar suas transações por pix mais seguras é limitando o valor de transferência, isso vai fazer com que qualquer tentativa de transação mais alta seja automaticamente bloqueada, se atente também com suas senhas de banco e formas de entrada no aplicativo, certifique-se de não bobear e anotar em lugares muito visíveis e sempre que perceber qualquer situação diferente ao normal tente trocar suas senhas.
Se você passou por uma situação de sequestro-relâmpago ou algum tipo de golpe existem procedimentos a serem feitos para garantir sua maior segurança e ainda fazer com que tenha seus bens recuperados. Primeiramente, ligue para o banco avisando o ocorrido e bloqueie seus cartões e transações via pix, esta ligação impede maiores perdas e lhe garante ainda um registro do que aconteceu. Registre também um boletim de ocorrência, ele pode ser feito de forma online ou presencial, troque suas senhas de banco e lembre-se de anotar todos os protocolos passados, que serão de bom uso futuramente.
Mas afinal, o banco devolve ou não o dinheiro perdido nesse caso? A devolução depende de uma análise feita pelo próprio banco, que identifica basicamente o comportamento de risco do cliente. Atualmente no poder judiciário, existem várias decisões a favor da devolução parcial ou integral da parte dos bancos. Se for possível identificar ainda um comportamento estranho nas transações que o banco não impediu, há uma maior tendência jurídica de decidir pela devolução.
Além da devolução do valor, uma situação muito comum ao tentar resolver a situação são os constrangimentos durante as ligações ou reuniões com a instituição que podem levar a danos morais gerados por ações inadequadas. Não é muito comum, mas nos casos em que o banco não faz a devolução do dinheiro após o sequestro relâmpago, é importante contar com seus advogados para a melhor resolução da situação, precisa de ajuda? Chame por um de nossos advogados!
Sapira e Krasiltchik Advogados e Associados.